A SAPATADA DO SÉCULO
>> 21 de dez. de 2008

Muntazer al-Zaidi foi bastante criticado mundo a fora por colegas jornalistas que, de forma hipócrita e covarde, empunharam a ética e postura como cravos para crucificar aquele que na verdade se portou tão somente como um iraquiano ferido na alma e violentado barbaramente pelo Governo Absolutista, Terrorista e Desumano de Bush. Os métodos de tortura empreendidos na Destruição do Iraque remeteu a humanidade aos tempos de barbárie e selvageria. Muntazer foi, naquele momento, a voz de seu País, o grito de uma Nação, a fotografia do Iraque mutilado pelo soberano.
Longe de mim fazer apologia a qualquer tipo de violência, sou pacifista por natureza. Entretanto, a resposta do iraquiano aos crimes promovidos pelos norte americanos em seu país não pode ser visto como um ato de violência, e sim como um manifesto de repúdio e um testemunho ao mundo da inominável carnificina bushiniana.
Uma sapatada é chá de peteca perto do rastro de sangue e das milhares de vidas inocentes ceifadas durante a guerra promovida para atender a um capricho injustificável de Bush. O assassinato de americanos e iraquianos, além da Crise Mundial provocada pelas decisões insanas e tirânicas do presidente, fazem dele o mal na sua forma mais pura.
Somente a título de ilustração, segundo artigo que li no Correio Brasiliense, “A sapatada é um dos maiores insultos que alguém pode receber no Oriente Médio. Em 2003, quando os soldados americanos derrubaram uma estátua do então presidente Saddam Hussein (outro bushisinho local), os iraquianos tiraram os sapatos para bater na imagem do ex-ditador”.
_”Está ai seu beijo de despedida, seu cachorro”, gritou Muntazer al-Zaidi. Uma espécie de comando ABRIR FOGO detonando contra o imperador norte americano seu par de mísseis 41.
Portanto, caro Carlos Humberto de C. Neto, a resposta a sua oportuna pergunta é SIM.
E quanto ao seu “amigo” (hehehe) Ed Lascado, desejo a ele neste Natal que descubra o quanto antes as sapatarias freqüentadas por você e que as evite. Proponho-me a pagar uma rodada de chope àquele que arriscar um palpite sobre o que aconteceria se os dois disputassem o mesmo Mocassim.
Que fique registrado o meu apoio à causa da nação árabe contrária àqueles que por intermédio da força querem subtrair seus tesouros, honra e a própria vida.
PS: Agora, cá para nós, suspeito que a primeira dama norte americana tenha sangue iraquiano nas veias. Somente tendo muita afinidade com sapatadas para explicar aquela desviada ninja que ele deu.
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