EMGERPI - LAVANDERIA OFICIAL DO GOVERNO DO ESTADO

Dia desses em passagem por um órgão do Governo Federal, em Teresina, uma amiga foi chamada por um funcionário de carreira da instituição, enquanto passava pelo corredor.

O rapaz, a quem por motivos óbvios não interessa ser identificado, levou minha amiga para uma sala vazia e lhe fez a seguinte confidência:

_ Doutora, quero que diga ao Felipe Santolia para ele botar é para arrombar em cima deste governo estadual. Tenho mais de 20 anos de carreira e nunca testemunhei tanta corrupção e ladroagem em minha vida como tenho visto neste governo do PT. Uma coisa de fazer corar defunto!

Achando aquela cena um tanto quanto sem propósito, minha amiga resolveu indagar ao funcionário público sobre o porquê dele estar lhe fazendo aquela confidência, e mais, perguntou a ele o que o Felipe Santolia tinha haver com aquela história toda. Quando obteve dele a seguinte resposta:

_ É o seguinte, doutora. Por aqui passa muita gente graúda e estou sempre ouvindo muitas coisas, coisas que até o diabo duvida. Mas dias desses eu vi uma cena que me chamou a atenção. Estava na sala três pessoas: o governador Wellington Dias, o ex-presidente da APPM – Luis Coelho e o prefeito novo lá de Esperantina, esse tal de Chico Antonio. Só os três conversando. O governador estava muito nervoso, e a todo momento ele passava as mãos na cabeça. Foi quando eu ouvi ele olhar para os dois e perguntar avexado: “será que o Santolia tem mesmo esses documentos da Engerpi? Se tiver será um escândalo, isso pode comprometer muita coisa”. Foi quando o tal do Luis Coelho respondeu: “calma governador, calma. Aquilo é um porra louca. Está só blefando, não tem nada!”


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É governador. O problema é que PORRA LOUCA é quem colocou o senhor nessa enrolada toda. Eu tenho sim documentos, e tenho documentos que vão muito além do que preciso para provar a atuação criminosa do seu governo no resultado das eleições em Esperantina. Junto com todos os documentos que possuo, vieram provas irrefutáveis da extensão dos crimes cometidos pelo Governo e pelo PT nas eleições do Estado do Piauí. São Raimundo Nonato, Uruçui, Campo Maior, Massapê do Piauí, Batalha, Piripiri, Colônia do Piauí, Valença e Tamboril estão entre os municípios cujos documentos que me foram entregues declaram o uso da máquina destruidora do Estado na manipulação dos resultados eleitorais.

E não é pouca coisa não. São cópias de convênios, relatórios internos, extratos bancários, ofícios de autorização de TEDs, bilhetinhos, pagamentos efetivados, obras ilegais e toda sorte de documentos que revelam, com muita clareza, um pool de empresas que integram uma rede gigantesca de corrupção e desvios de recursos públicos por via da EMGERPI.

Um porra louca não implanta universidade municipal, contrata 1.500 unidades habitacionais, transforma rodoviária em algo temático e turístico, faz praças postais, mais de 500 quilômetros de estradas vicinais com recursos próprios e é o único a conseguir ter seus projetos aprovados e liberados pelo FINIS no Piauí, sobrepondo-se inclusive à qualidade e competência técnica dos projetos feitos pelo seu Governo e reprovados por ausência de conhecimento.

E não adianta tentar outros recursos criminosos, pois todos os documentos já estão perfeitamente acondicionados em lugares seguros e insuspeitos, com os devidos relatórios de entendimento produzidos por técnicos, contabilistas e advogados e esperando apenas pelo meu aval para agirem com grandeza e muita eficiência.

Portanto, não adianta criar departamento de gerência de convênios e projetos e colocar lá um batalhão de profissionais para tentar reorganizar o que não se organiza mais, pois não há, e eu lhe asseguro, peneira capaz de tampar este sol.

Lamento profundamente pelo escândalo nacional que se avizinha, pois procurando peixes acabei encontrando tubarões. Lamento verdadeiramente. Não tinha mais a pretensão de reclamar minha vitória nas urnas, e esta sabemos nós dois que definitivamente aconteceu. Entretanto, seu apaniguado carredor de pastas não me deixou alternativas. Saqueou meus salários e deixou meus antigos assessores e funcionários numa situação humilhante. Paralelo a isso, está arruinando com a vida da cidade e legando ao sucateamento todas as grandes obras que deixei em estado final de construção. Durante a enchente, despreza a dor do povo e empurra a cidade para além da miséria em que já vivia. Continua patrocinando ações por via de falsos comunicados de crimes inexistentes à Justiça e promovendo toda sorte de imundice por intermédio de mentiras disseminadas na mídia.

Confesso que não era esta minha intensão, até porque sei da gravidade crônica de todo este mar de lamas documentais que me foi confiado. Não. Queria ter retornado a minha terra de origem, dado sequência lá aos meus estudos de Direito, enquanto curava as feridas abertas na alma pelos agentes criminosos que o senhor lidera. Queria estar distante disso tudo, de toda esta nojeira em que o senhor ajudou a construir na vida pública do Estado do Piauí, institucionalizando a criminalidade e ferindo de morte a democracia desta gente.

Entretanto, não tenho opção. Já que é para ficar, pois ficarei como homem, lutando, bradando e revelando ao Brasil aquilo que julgo ser o maior governo estadual no quesito corrupção ativa e passiva, eleitoral e administrativa.

Que Deus abençoe o Piauí!