Governo ou Anjo da Morte?
>> 12 de mar. de 2009
Acabei de chegar de um Ciclo de Palestras e Debates no Tribunal de Justiça do Piauí, (TJ) sobre a Reforma do Tribunal Popular do Juri. Almocei uma galinha caipira que a Evanne com tanto amor preparou para nós e fui me sentar a sala.
Enquanto lia uma reportagem interessante na Revista Veja, sobre a devasta que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) irá fazer nos próximos dias nos processos eleitorais do Piauí, referente às eleições municipais do ano passado (até já me inscrevi para ser ouvido e entregar um vasto material de corrupção sobre os crimes praticados em Esperantina), eis que o telefone toca.
Do outro lado, uma voz amiga de Esperantina pôs-se logo a dizer:
_ Santolia, ouça ai o programa do Leão!
Posicionou o telefone próximo a um rádio e, do lado de cá, pus-me a ouvir atentamente o programa da Morro da Chapadinha FM, apresentada pelo único profissional de imprensa da cidade que não se vendeu para o prefeito.
Ele estava entrevistando um humilde e aflito pai de família, morador de uma das regiões mais pobres da zona rural do município: Beirute. Visivelmente constrangido e aflito, a voz do homem saia aos tropeços, embargada, revelando um estado de profunda aflição e, ao mesmo tempo, de vergonha por estar ali expondo para uma cidade inteira a sua situação de fracasso.
A medida que ele falava, um filme se abria em minha memória, trazendo à tona dezenas de casos parecidos com o daquele pai infeliz e desafortunado. Casos vividos por mim todos os dias, desde os tempos de Rádio Chibata até os últimos instantes como prefeito. Aprendi muito com esses dramas da vida cotidiana, e agradeço a Deus por ter feito de mim um porto seguro para pessoas, que como o Seu Carlos, não tinham a quem recorrer na hora que a vida, por razões que o homem desconhece, lhes revela sua face mais sombria, cruel e impiedosa.
Enquanto o ouvia falar ao Leão, meu coração sangrou de pena e, como todos que me conhecem podem imaginar, lágrimas surgiram e a dor tomou de conta da minha alma:
_ Leão, nós lá em casa somos muito pobres, não temos renda, não temos posse e comemos pela graça e vontade de Deus. Os médicos descobriram um tumor maligno na cabeça de minha filha. Amo muito ela e não quero que ela morra. Conseguimos pelo SUS a cirurgia, no São Marcos, na capital. Só precisamos de três passagens para Teresina. Só das idas. Para voltar Deus me ajuda e dou um jeito...
Instantes de silêncio seguiram às palavras embargadas e carregadas de dor e desespero daquele pai. Leão, como que incrédulo pelo que ouvia, perguntou ao homem infeliz:
_ Mas e a Prefeitura? E o secretário de Assistência Social, esse que comprou carro novo, que está construindo um prédio enorme na Avenida São José... São só três passagens para Teresina, a prefeitura tem obrigação de ajudar o senhor, não tem?
E o pobre homem respondeu, engasgado, triste, envergonhado.
_ Eu fui à prefeitura, falei com o chefe de Gabinete, o Sampaio. Ele virou para mim e disse que não podia fazer nada, pois lá não tinha mais dinheiro para esse tipo de atividade. Fui a Assistência Social e escreveram meu nome lá em um papel. Disseram que iam fazer o negócio de um protocolo, que de lá ia para a Prefeitura e que quando o prefeito Chico Antonio estivesse de passagem pela cidade iam dar um jeito de entregar o protocolo para ele. Mandaram eu voltar na próxima semana para ver se tinha algum resultado do protocolo. Mas Seu Leão, a cirurgia da minha filha acontece essa semana. Não tenho mais a quem recorrer, por isso estou aqui batendo em sua porta...
É Seu Carlos. Deus é pai também e ouviu, comovido, seu apelo em nome do seu amor por sua filha...
Em poucos instantes o telefone começou a tocar sem parar. Foram dezenas de telefonemas indignados. Pessoas começaram a convergir de todos os bairros da cidade e, algumas, vindas de povoados próximos. Contribuições de dois, de cinco, de dez reais foram se somando. A filha do lavrador do Beirute, que teve sua morte decretada pelo protocolo, acabou salva pela solidariedade do povo simples da cidade...
São histórias como esta que fizeram do meu coração um prisioneiro desta gente. São homens como o pobre Carlos do Beirute que me inspiram a continuar lutando por Esperantina e por um Piauí que eu acredito ser possível construir...
Três passagens só de ida para Teresina...
Enquanto lia uma reportagem interessante na Revista Veja, sobre a devasta que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) irá fazer nos próximos dias nos processos eleitorais do Piauí, referente às eleições municipais do ano passado (até já me inscrevi para ser ouvido e entregar um vasto material de corrupção sobre os crimes praticados em Esperantina), eis que o telefone toca.
Do outro lado, uma voz amiga de Esperantina pôs-se logo a dizer:
_ Santolia, ouça ai o programa do Leão!
Posicionou o telefone próximo a um rádio e, do lado de cá, pus-me a ouvir atentamente o programa da Morro da Chapadinha FM, apresentada pelo único profissional de imprensa da cidade que não se vendeu para o prefeito.
Ele estava entrevistando um humilde e aflito pai de família, morador de uma das regiões mais pobres da zona rural do município: Beirute. Visivelmente constrangido e aflito, a voz do homem saia aos tropeços, embargada, revelando um estado de profunda aflição e, ao mesmo tempo, de vergonha por estar ali expondo para uma cidade inteira a sua situação de fracasso.
A medida que ele falava, um filme se abria em minha memória, trazendo à tona dezenas de casos parecidos com o daquele pai infeliz e desafortunado. Casos vividos por mim todos os dias, desde os tempos de Rádio Chibata até os últimos instantes como prefeito. Aprendi muito com esses dramas da vida cotidiana, e agradeço a Deus por ter feito de mim um porto seguro para pessoas, que como o Seu Carlos, não tinham a quem recorrer na hora que a vida, por razões que o homem desconhece, lhes revela sua face mais sombria, cruel e impiedosa.
Enquanto o ouvia falar ao Leão, meu coração sangrou de pena e, como todos que me conhecem podem imaginar, lágrimas surgiram e a dor tomou de conta da minha alma:
_ Leão, nós lá em casa somos muito pobres, não temos renda, não temos posse e comemos pela graça e vontade de Deus. Os médicos descobriram um tumor maligno na cabeça de minha filha. Amo muito ela e não quero que ela morra. Conseguimos pelo SUS a cirurgia, no São Marcos, na capital. Só precisamos de três passagens para Teresina. Só das idas. Para voltar Deus me ajuda e dou um jeito...
Instantes de silêncio seguiram às palavras embargadas e carregadas de dor e desespero daquele pai. Leão, como que incrédulo pelo que ouvia, perguntou ao homem infeliz:
_ Mas e a Prefeitura? E o secretário de Assistência Social, esse que comprou carro novo, que está construindo um prédio enorme na Avenida São José... São só três passagens para Teresina, a prefeitura tem obrigação de ajudar o senhor, não tem?
E o pobre homem respondeu, engasgado, triste, envergonhado.
_ Eu fui à prefeitura, falei com o chefe de Gabinete, o Sampaio. Ele virou para mim e disse que não podia fazer nada, pois lá não tinha mais dinheiro para esse tipo de atividade. Fui a Assistência Social e escreveram meu nome lá em um papel. Disseram que iam fazer o negócio de um protocolo, que de lá ia para a Prefeitura e que quando o prefeito Chico Antonio estivesse de passagem pela cidade iam dar um jeito de entregar o protocolo para ele. Mandaram eu voltar na próxima semana para ver se tinha algum resultado do protocolo. Mas Seu Leão, a cirurgia da minha filha acontece essa semana. Não tenho mais a quem recorrer, por isso estou aqui batendo em sua porta...
É Seu Carlos. Deus é pai também e ouviu, comovido, seu apelo em nome do seu amor por sua filha...
Em poucos instantes o telefone começou a tocar sem parar. Foram dezenas de telefonemas indignados. Pessoas começaram a convergir de todos os bairros da cidade e, algumas, vindas de povoados próximos. Contribuições de dois, de cinco, de dez reais foram se somando. A filha do lavrador do Beirute, que teve sua morte decretada pelo protocolo, acabou salva pela solidariedade do povo simples da cidade...
São histórias como esta que fizeram do meu coração um prisioneiro desta gente. São homens como o pobre Carlos do Beirute que me inspiram a continuar lutando por Esperantina e por um Piauí que eu acredito ser possível construir...
Três passagens só de ida para Teresina...
4 comentários:
Santolia é isso e muito mais que tem por vir, situação lamentável, povo desumano e cruel são esses do PT, lembro-me que por muitas vezes no seu governo Santolia, chegavam dezenas de pessoas nessa situação, e até mesmo sem precisar lhe ocupar por esses motivos, nós como funcionários tínha-mos a decência de ser humano, ou seja, toda a situação era contornada ali mesmo, nos corredores, sem PROTOCOLOS, até pq a morte n respeita esse tipo de serviço. E agora vendo essa situação e sabendo q nas contas da Prefeitura por mês entra milhões, o valor de três passagens aproximadamente R$ 75,00 reais, seria insignificante, mais que para um desprovido finaceiramente e na situação que se entrava, seria de enorme ajuda, tendo em vista a filha entre a vida e a morte...
Por isso só nos resta orar, orar e orar, por todo esse povo que necessita de ajuda.
E a culpa de tudo isso é sua Chico! Chico infelizmente você guardou magoa por todas as vezes que por ser pobre foi discriminado e dessa magoa infelizmente nasceu um monstro dentro de você, um monstro que odeia pobre, um monstro que não ver nada alem de se beneficiar pra ficar ainda mais rico, e isso faz de você uma pessoa descontrolada pela fome de vingança e de dinheiro e o pior que nós não temos culpa alguma por tudo que você passou em sua infância, você sabe que a população de Esperantina EXCETO essa que lhe acompanha é solidária, quem sabe por isso você seja esse monstro, sei que viveu ao lado desse povo que nem bom dia as pessoas dão pelo simples fato de não querer que elas tenham um dia bom, queria saber o que passa em sua cabeça e na cabeça dos seus assessores quando uma pessoa como essa preste a perder a filha por causa de 3 passagem pra Teresina é simplesmente ouvida e enganada, isso é comum no meio de vocês? Pelo amor de Deus tenham mais respeito pela a vida dos Esperantinenses. 3 PASSAGEM CICHO, UMA VIDA! Você sabe o que é uma vida de um filho para o pai? Ou primeiro vem seu dinheiro, depois os filhos? FELIPE SANTOLIA vinha me arrependendo já alguns dias da burrada que fiz em ajudar colocar esse MOSNTRO na prefeitura, trabalhei pedindo volto pra um candidato a vereador do lado dele e pra ele, e não sabia que estava colocando a vida do povo da cidade em risco por dinheiro, dinheiro esse que aceito mesmo precisando, “DEVOLVER” só pra te ver governar novamente e salvar vidas, por isso e muitas outras coisas que lhe admiro, e agora tens o respeito meu e dos verdadeiros Esperantinenses... Você sim, mesmo sendo nascido em São Paulo você é um Esperantinense de alma e coração, e não sabia, Brigado pelas inúmeras vidas salvas em seu mandato e em sua trajetória de vida em minha cidade.
MEU VOTO CHICO? NUNCA MAIS MONSTRO...
Meu nome? É PAULO JR! (INDGNADO)
Eles dizem na prefeitura q não existe recurso para isso, sim, e como o Santolia fazia?Eram em média 300 passagens por mês!Fora a hospedagem e alimentação...e esse secretário de assistência social!Nem parece mais o humilde agente de saúde que falava com todo mundo, se solidarizava com os necesitados...mas veja bem secretário, dor de barriga não dá só uma vez. Baixe essa bola e vá cuidar de fazer direito o trabalho q nós,esperantinenses pagamos para vc fazer. Ponha a mão na sua consciência! E a saúde, kd o suporte? Até enfermeita(Yara) já está em Teresina para acompanhar os pacientes(ou seria para estudar direito?) e o salário ela recebe todo mês...isso cabe denunciar. Deveriam pegar o salário dela e comprar de passagens!Vergonha pura! VEJA A ESPARRELA NA QUAL CAÍMOS SANTOLIA!
Isso não é governo, é uma quadrilha q tomou de assalto esperantina junto com todo o estafe do Governo do Estado. Todos liderados pelo governador. Foi pra ele que vc perdeu a campanha Santolia, foi pra ele e seus milhões de dinheiro. Saudades do teu tempo homem de Deus!
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